terça-feira, 7 de setembro de 2010

Crônica: Meus amigos doidos!

Nos últimos dias andei voltando um pouco nas páginas do meu diário, não que as minhas idéias para crônicas tenham acabado elas só tiraram férias! Nessas horas o diário vem a calhar!
Essa crônica é dedicada a dois amigos cujas loucuras eu anotei no meu diário em janeiro desse ano:
Luiz e Caio. Agente se conheceu em um acampamento no norte do Paraná. Quando quarenta pessoas vivem juntas e comem juntas durante vinte dias, tudo pode acontecer!
Em uma das primeiras noites no acampamento tivemos um jogo, em que, nós os acampantes, tínhamos que encontrar os nossos irmãos mais velhos, os lideres, que estavam divididos entre família grilo e família Surucacas! Vá entender¬¬. Eles iam nos levar para nossos pais e mães.
O Luiz era o irmão mais velho do meu grupo que foi o último a chegar porque seguimos TODOS os outros sons de grilo antes de acharmos o nosso irmão! E adivinha onde ele estava? No alto duma árvore! Quando achamos ele rindo lá em cima o primeiro comentário geral foi:
-Grilo não sobe em árvores!
-O grilo é meu e boto onde eu quiser!-foi a resposta.
-Caramba Luiz! achei que você fosse o irmão macaco!- nem sei se eu disse isso ou se apenas pensei.
O Caio é meio diferente, ele tinha uma mecha vermelha no cabelo, e usava a moda colorida dos emos muito antes de qualquer outra pessoa que eu conheço,um pioneiro incompreendido da moda! Ele usa chapinha e recentemente tem usado uns óculos enormes que aposto serão a próxima moda!
Duas noites mais tarde a gincana foi um jogo de máfia. De cara escolheram o Luiz para ser o narrador, no começo fiquei chateada achei que seria melhor fazerem um sorteio. Mas pouco depois notei que com certeza ele era a pessoa certa para o “serviço” porque além de matar os assassinados ele ainda narrava suas mortes! As histórias podem parecer meio estúpidas mas lembrem-se ele é bem talentoso por tê-las inventado ali na hora!:
-Ontem dois outros de nossos jovens desavisados de um acampamento local estavam no meio da floresta o porque eu não sei mas... Quando de repente se deparam com, a tribo de índios assassinos da máfia! Que estavam armados com seus lobos! Que agarraram as vítimas e arrancaram seus olhos enquanto os índios os flechavam!....
-A máfia agora já havia ganho a fama de matadores de homens mas eles não gostaram então resolveram matar duas mulheres! A primeira com.... Esta tesoura! –pegou uma tesoura de cima da mesa- (risos) estou ficando sem aramas gente!(me assustei nessa hora porque ele correu na minha direção com a tesoura). Eles a golpearam três vezes então resolveram golpear nos olhos também porque a tesoura não tinha ponta! E antes que ela morresse eles a penduraram no telhado! A outra vitima estava tranquilamente escovando os dentes quando um mafioso veio por traz e enfiou a escova na garganta dela! Enquanto ela se debatia no chão o mafioso ficou entediado e para acelerar o processo jogou um gato assassino da máfia encima dela! -Bom, dá pra imaginar o nível das outras histórias.
Teve um dia em que fomos juntos ao shopping (eu ele e mais um homem e uma garota)e compramos uma cueca para ele, era roxa e listada de amarelo. Novamente, vá entender.
Uma vez fizemos juntos uma apresentação de street dance perto de um cinema abandonado. O Caio que estava no grupo, me levou pra dentro do cinema escuro, onde só tinha a luz que vinha do lugar onde se projetam os filmes, o que fazia meio que um holofote. Era um lugar assustador! Quando o vi, aliás ele ainda diz que não é emo nem gótico mas eu duvido, ele estava sentado lá no meio com os cotovelos nos joelhos e a cabeça entre os braços. Perguntei se estava triste, ele disse baixinho que não, e que não dava prazer em fazer barulho num lugar como aquele.
Mais tarde, eu trouxe o Luiz e uma amiga dele também, ele amou o lugar, ele foi para exatamente o ponto onde a luz acaba, fazendo aparecer só a sombra dela na parede e começou a chutar o chão para levantar poeira e fazer fumaça. Depois abriu as pernas e ergueu os braços como se fossem garras, jogou a cabeça para traz e deu uma risada maligna que deu muito eco!! 0.0 deu medo, me pegou de surpresa!
Essas são só algumas das vezes em que esses caras me surpreendem, como da vez em que o Luiz queria lançar o meu irmão em um estilingue pela janela do quarto para pegar lichias gostosas do alto de uma árvore. Ou quando o Caio entrou em pânico por medo de um amável cãozinho que estava latindo para ele.
OS: Os nomes dessa crônica são falsos. Mas as pessoas verdadeiras.

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