quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Inutilidade da semana

se você colar uma pilha em cima de outra com fita adesiva. E, com um pedaço de Bom Bril bem comprido encostar dos dois lados, (o fundo de uma pilha e a cabeça de outra) o Bom Bril pega fogo e sai faísca!


Esta postagem foi patrocinada pela Bom Bril

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Um jogo de máfia

Vou contar sobre um jogo de máfia completamente normal, só que, na mente de uma escritora hiperativa, viciada em livros de aventura às quatro e meia da manhã esse jogo criou proporções imensas, então é assim que vou contar a história do jogo do dia 1/1/2011!
As regras do jogo de máfia são assim: Existem os jogadores sentados em circulo, um deles é o assassino e outro é o detetive, mas ninguém sabe quem, o resto são vítimas, também tem um mediador que olha o jogo de fora.
O mediador primeiro diz “cidade dorme” e todos fecham os olhos, então diz “assassinos acordem” e o assassino abre os olhos e aponta quem ele quer matar, depois “detetive acorde” e o detetive aponta quem ele acha que é o assassino, então novamente “cidade acorda” e o mediador diz quem morreu, e a cidade tenta por meio de diálogo descobrir quem é o assassino. A cidade pode com quatro votos matar uma pessoa. Se o detetive apontar para alguém e ele for o assassino o detetive vence, se sobrar apenas uma pessoa e o assassino o assassino vence. Por algum motivo as vítimas nunca vencem esse jogo¬¬
Era a terceira vez seguida que jogávamos e nosso jogo tinha dois assassinos para acabar mais rápido. Estavam distribuindo os bilhetinhos com os nomes: vítima, vítima, assassino, vítima, detetive.... Olhei meu papelzinho como sempre esperando vítima novamente, afinal, as chances eram três em dez de eu ser outra coisa, mas, para minha surpresa, estava escrito ASSASSINO. Eu já tinha jogado umas seis vezes na vida e sempre era uma vitima, de repente aquele joguinho tinha ficado tão... Interessante. Tive que segurar uma risada de gato da Alicie naquele momento, seria muito óbvio rir no momento em que peguei o papel.
Estavamos na casa da amiga da minha prima então as únicas pessoas que eu conhecia das dez eram meus dois primos minha prima, meu irmão e uma garota com quem eu tinha feito amizade, essa garota por sinal estava sentada do meu lado. “Assassinos acordem” disseram, quase ri alto ao descobrir que o outro assassino era meu primo! Ele teve a mesma reação. Mas a minha risada assustou a minha recente amiga ao lado que sentiu que eu estava me movendo e tive que matá-la. “Cidade acorda” eu já podia ver as manchetes!
Garota de 18 anos assassinada na avenida central! Ao que indicam os relatos a garota em questão tinha por acidente chegado perto demais do esconderijo da máfia e teve de ser executada pela mesma, ocorrem relatos de outro suposto assassinato ocorrido simultaneamente do outro lado da cidade também se desconfia da máfia.
Todos começaram a discutir, mas ninguém me acusou, eu comecei a acusar meu irmão porque na metade do jogo eu já tinha certeza de que ele era o detetive e se eu ficasse calada iam perceber que algo estava errado. Quando estávamos apenas em seis pessoas eram todos homens exceto eu e a Bia, meu primo então fez um comentário:
-Eu voto por matar a Bia! Prefiro perder para o assassino que perder para uma mulher!
Espera! Disse um cara, “por que você não acusou a Elisa? ela também é mulher!”
Foi o jornal mais vendido do ano! O repórter investigativo Tap Anacara fez sua maior reportagem! Por que o senhor Eduardo andava tão estranho com respeito às mulheres da cidade? Exceto apenas com sua prima, seria esse um complô de mafiosos?
Eu tinha que me livrar dessa furada e disse:
-Tá bem gente! Muita gente está contra o Eduardo! Então votem! Quem acha que ele é o assassino?
E levantei a mão, “Elisa? Você ta votando em mim?” ele disse, “é”, eu disse. Com esse “é” eu queria dizer:
-Fecha o bico que quero me safar em paz!
Foi votado e então a sociedade prendeu e condenou meu primo, que pena! Meu parceiro mafioso condenado a morte por minha culpa! Mas teve suas compensações, após a morte dele todos ficaram sabendo que ele era mesmo o assassino e eu tive um trunfo pelo resto do jogo, “Por que eu seria a assassina? Eu votei para matar o Eduardo!” Ninguém ousava acusar nenhum dos quatro que tinham votado contra ele, e depois que matei os outros três eu era justamente a única inocente!
O Repórter então teve de ficar calado, mas nunca acreditou muito naquilo tudo.  Haviam ficado quatro pessoas eu, meu irmão, o repórter e um cara que não tinha dito nada o jogo inteiro.
O repórter estava me irritando com as perguntas, e o pior! Meu irmão, por ser meu irmão, sabia que eu estava irritada, enquanto o cara calado, continuava calado, se eu matasse o repórter meu irmão saberia que eu tinha matado ele porque ele estava me irritando. Então eu teria de escolher entre meu irmão e o caladão... Olhei bem para a cara do meu irmãozinho! Ele tinha jogado tantas vezes quanto eu e sempre era tirado nas primeiras jogadas, ele merecia mais tempo no jogo e resolvi ser boazinha com ele... Matei o cara calado.
Estava até me sentindo bem com meu ato de bondade, mas agora todos os três tinham falado mal do Eduardo apesar dos dois não terem votado, então o meu trunfo desaparecia, além disso! Eu tinha esquecido que o Davi era detetive então no intervalo em que eu matei o cara calado o Davi perguntou se o assassino era o repórter e o mediador disse não! Dentre nós três o repórter desconfiava de mim e o Davi sabia que era eu! Foi tiro e queda, perdi!
Que coisa! Nesse jogo eu matei minha amiga e minha prima, entreguei meu primo para a polícia e só quando faço alguma coisa boa me dou mal? Uma grande ironia isso sim! Tomara que eu seja assassina de novo na próxima vez!