terça-feira, 31 de março de 2020

Os últimos quatro anos

Agora que voltei a postar preciso atualizar a você, senhor fantasma,  sobre tudo o que mudou nestes últimos quatro anos. Mas seria tedioso demais citar os lugares normais onde estive fazendo coisas normais.
Ao invés disso vou comparar minha vida ao último jogo que comecei a jogar. Melhor assim?!

Este é Mystic Messenger. Um aplicativo para pessoas solitárias. Cof cof. Digo! Para pessoas que gostam de mistérios.
Nesta história você baixa um "aplicativo de conversas", ou seja o próprio jogo, e logo de início seu celular é "rakceado" por um desconhecido que te coloca em uma conversa privada. O jogo serve para descobrir; quem te colocou ali? Porquê? Para que essa sala de conversa realmente serve? Quem desses personagens está falando a verdade? Devo confiar?

É como ter um WhatsApp paralelo cheio de pessoas virtuais... Que seguem o raio do fuso horário da Coreia e te ligam as três da manhã as vezes!
Para ter suas respostas você precisa jogar o jogo várias vezes cada vez focando sua atenção em uma personagem diferente (sendo o lovely love da pessoa) até ter o quadro geral formado por vários pontos de vista da mesma história. Adoro esses jograis de pontos de vista!

Yoosung, um dos personagens, é quase um espelho meu. No momento do Jogo ele está terminando a faculdade mas percebe o quanto suas melhores notas na escola não o ajudam a conseguir um emprego real. Frente a isso ele começa a entrar em um estado de inércia gerado pelo jogo "lolol" durante a maior parte do dia.

Lolol... Peguei a referência!

Quando comecei a rota dele, jogar com amigos o dia todo ignorando a escola me parecia realmente a melhor opção. Afinal, eu vi o outro lado da moeda.
Se você está na escola, me desculpe dizer isso, mas a escola é inútil.

Não estou dizendo isso por preguiça, minhas notas sempre foram sete e oito no mínimo até o ensino médio. Recentemente descobri que tenho um qi de 138.

Mas a escola não te ensina a fazer amigos, nem a fazer um boleto, nem a falar em uma entrevista de emprego, nem a se manter emocionalmente estável quando você muda da casa dos seus pais para fazer faculdade e morar sozinho, nem a lidar com seu diagnóstico psiquiatrico constantemente mudando entre personalidade esquizotipica, bipolaridade, espectro unipolar e depressão.
A escola não te ensina o que fazer quando suas emoções te fazem trancar a faculdade e voltar para casa dos seus pais.

Yoosung não é um mal aluno, ele obedeceu todas as regras, ele fez tudo o que mandaram ele fazer até se tornar adulto.
Então ninguém mais o mandou fazer nada, e ele simplesmente parou de fazer coisas.

quarta-feira, 20 de março de 2019

147



147 é um quociente de inutilidade
Um valor que me afastou da realidade
Um estranho entre constelações
Incapaz de estreitar relações
Esse número não  me ensinou a amar
Talvez sirva para me validar
Massagear meu ego
Disfarçar que sou cego
Imundo
Vagabundo
Folha em pranto
Perdido no branco
De um aprender
Sem viver

Por: Elisa Latanza

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Uma breve história de horror



Era uma noite calma, a lâmpada amarelada do abajur se fundia ao azul do computador em cima da mesa.
Eu estava pensando em escrever uma boa história de horror, mas o ambiente estava confortável demais para isso.
Meu cobertor em torno dos hombros, meu gatinho ronronando e roçando meus tornozelos enquanto eu desfrutava uma deliciosa xícara de achocolatado.
Olhei pela janela em busca da escuridão profunda dos filmes de horror e tudo o que obtive foi um lindo luar  romântico, sem nuvens deixando a rua clara como o dia.
Quando desisti e pensei que o horror não me alcançaria, vi entrar em casa o único gato que tenho, voltando da rua.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

De volta ao BLOG!

Eu não  acreditei quando descobri que esse blog ainda existia. Pensei que com o tempo ele teria sido deletado pelo blogspot. 
Infelizmente nem posso dar um motivo para minha ausência porque não me lembro  o que me fez parar de escrever!
Posso apenas dizer que estou voltando e que não  vou deletar as postagens antigas por mais vergonhosas que elas possam ser para mim agora. 
Esse lugar vai ser um registro da minha vida!
Vou postar uma foto do "gato alpinista do Alasca" para dar a vocês uma noção de passagem de tempo. O nome dele é Napoleão aliás.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Gato alpinista do Alaska!



Uma coisa é quando gatos fazem coisas normais de gato, como se lamber, querer brincar ou deitar no sofá de forma muito fofa, mas quando seu gato começa a fazer coisas bizarras é momento de suspeitar se ele é mesmo apenas um gato.
Esta semana enquanto eu fazia alguma coisa na cozinha meu gato começou a miar, percebi que a tigela dele estava cheia de comida, a caixinha limpa e nada do que reclamar então voltei a cozinhar. O danado já tinha feito isso outra vez e só parou quando lhe demos colinho para fazer carinho, mas nesse exato momento isso não era possível por eu estar cozinhando, isso não o impediu de cravar suas unhas na minha roupa e subir até meus braços pedindo carinho.
Este já é o meu terceiro gato na vida, e devo dizer que tenho más experiências com os anteriores, meu primeiro era uma gata chamada Mimi e, não. Eu não a matei sufocada de tantos abraços como diziam as menininhas da escola na época. Ela fugiu para o quintal da vizinha, o que também não quer dizer que tenha fugido de cansada dos meus abraços, porém essa vizinha tinha um “urso” de estimação e ela foi feita comida de cachorro. O segundo gato que passou pela minha vida nós tentávamos não deixar sair de casa devido ao anterior e mesmo assim ele saia para a rua quando abríamos o portão, e ficava miando durante a noite ate que abríssemos novamente para ele entrar.
Esta necessidade em sair para a rua era uma coisa bizarra, como se a rua fosse cheia de ameaças que ele deveria combater para proteger a nossa família. Foi então que eu descobri que nosso gato era um agente secreto! Um protetor do bairro que saia a noite fazendo sua vigília! Foi por esse motivo que um dia esse bravo herói foi encurralado em um beco por três cães assassinos da máfia e partiu me deixando sozinha novamente.
E por essas e outras que quando vejo o filhotinho que tenho a pouco tempo escalando minhas calças só pra me pedir um abraço tenho certeza de que será um guerreiro, não um vigilante noturno como o “Lindo” nem uma ursa fujona como era a “Mimi”, mas um gato alpinista do Alaska! Olhem a cara dele. Não parece?

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Namorado

Finalmente namorando! Parece bobo comentar em um blog que a autora finalmente desencalhou, mas, no meu caso é diferente. A maioria das mulheres namora um garoto antes que ele caia na “friend zone”, no meu caso, um dos meus grandes amigos finalmente saiu da “friend Zone”.
Um dia Normal na “Particular Universidade Católica” um garoto estava chegando para estudar, um garoto lindo! Charmoso! Encantador! O.K. Talvez nem tão lindo assim, e talvez eu tenha exagerado quanto a encantador e charmoso também. Mas ele é alto, e gosta de Star Wars, e é mais velho que eu, e gosta de Star Wars, e beija bem... E gosta de Star Wars.
Por fim esse garoto entrou em sua classe de mestrado e comentou com seus colegas sobre a garota sensacional que ele havia conhecido, digo, sobre mim. A reação deles foi a de parabenizarem o colega sortudo ficando então, com muita inveja da sorte dele. Na verdade não, isso é uma mentira. A reação deles foi perguntar:
Meu herói!
 -Renato... Ela é real? Tem certeza de que não é algum fruto da sua imaginação? Não é por nada não, mas, realmente por essa eu não esperava!
Não compreendo qual o problema com meu namorado, sim, ele tem algumas espinha, mas, não é feio, ou será que é? Enfim, se ele não é feio por que os amigos dele duvidariam de sua capacidade de namorar? Talvez por ele gostar de mangá, não, mangá é literatura. Ou por jogar batalha campal, mas, é um esporte! Quem sabe por ser meio alto demais, ou talvez por gostar de Star Wars.

Esse último motivo é o mais plausível, mas poxa, Star Wars é um máximo! E é por causa dele que meu namorado saiu da minha “friend zone”!

domingo, 8 de dezembro de 2013

Direito a sorvete

Acho que, se existisse, o carro da mulher maravilha não ia ser muito útil.
Semana passada eu e meu irmão quisemos tomar um sorvete no "Mc. Donaldo" alguns segundos antes dele fechar. Obviamente demos com a cara na porta fechada, apesar disso o drive thru ainda estava aberto e os carros continuavam sendo atendidos, resolvemos tentar a loucura. Ficamos na fila junto com os carros e pedimos os sorvetes no interfone, o que não sabíamos era que ali também havia uma câmera onde podiam ver que não estávamos de carro. "Moça, aqui é só pra carro" disse a atendente, ao que meu irmão respondeu "Estamos com o carro invisível da mulher maravilha! Vrrrummm! Vrrruumm!" Ela não caiu nessa e eu tive de apelar para algo mais concreto:
- Você sabia que na lei dos direitos humanos é proibida a distinção de pessoas por cor, etnia, religião, etc, etc e classe social? Vocês não podem deixar de me vender um sorvete porque eu não tenho classe social alta o suficiente pra ter um carro. É contra os direitos humanos!
Saímos de lá com nossos sorvetes na mão e eu me pergunto; quanto tempo eles vão levar pra perceber que não está escrito "classe social" na lei que eu citei?
Realmente! Quem precisa do carro da mulher maravilha quando se tem a confusa lei Brasileira?
PS: Nome fictíceo para resguardar a imagem do restaurante.