quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Sobre a democracia



Esta semana descobri algo interessante: Nós não vivemos em uma democracia....
Segundo Aristóteles um cidadão é “aquele cuja especial característica é poder participar da administração da justiça e de cargos públicos”.
Para Aristóteles só deveriam participar das decisões de justiça os homens maiores de vinte e um anos legitimamente Atenienses e livres. Eles se reuniam nas praças públicas das cidades para discutir que rumos a política deveria tomar e seus representantes, eleitos por voto, serviam apenas como meros organizadores das decisões.
Na época de Aristóteles acreditava-se que os homens eram superiores às mulheres, os Atenienses eram superiores aos outros povos e os homens livres superiores aos escravos, por essa razão existia um número diminuto de cidadãos. Atualmente, pelo menos no Brasil, descobrimos que não importa a raça, gênero ou nacionalidade todos são humanos igualmente, ou seja, acreditamos que todos são cidadãos.
Ora! Se todo cidadão tem direito a “poder participar da administração da justiça” onde estão nossas praças públicas? Onde estão nossos representantes que ORGANIZAM nossas decisões?
O conceito de que todo ser humano é um cidadão foi criado para ser uma melhoria no sistema político de Aristóteles, ao invés disso acabou se tornando um pretexto para mudar todo o conceito de democracia.
Nessa nova democracia às avessas, ser cidadão se resume a escolher um dos “seres superiores” do planalto para que ele tome as decisões políticas por todos mas não baseado na opinião de todos e sim em sua própria opinião, ou na da empresa que pagar mais.
Esse novo sistema de governo está muito longe de ser a democracia criada na época de Aristóteles. Segundo ela, todos os cidadãos Brasileiros deveriam ter a possibilidade de se eleger e não apenas aqueles com apoio partidário, todos os cidadão deveriam ter acesso a uma "praça pública" como um e-mail ou página onde podem deixar sua opinião, os representantes não devem votar por sua própria opinião mas pela opinião da maioria de seus eleitores e todos os cidadãos unidos deveriam decidir pelo voto quem é e quem deixa de ser representante em todas as ocasiões; nos casos de mau governo, negligência e roubo dos cofres públicos também.
Segundo Aristóteles nós já deixamos de ser democracia a muito tempo.