quinta-feira, 31 de março de 2011

Aula de laboratório

Aula de laboratório! A alegria dentro da escola! A gente relaxa durante o tempo de aula, ganha nota, usa aqueles lindos jalecos que nos fazem parecer importantes e ás vezes até explode alguma coisa.

Tinhamos que encontrar o ponto de neutralização de um ácido, ou seja, pingar um liquidinho transparente em um liquidinho rosa até o liquidinho rosa ficar transparente também. Era simples, quero dizer, para a maioria das pessoas.

-São 50ml de ácido muriático não é professora?
-Sim.. Mas, o que você está fazendo?! Não se coloca o ácido antes da água boricada! Vá jogar fora!

Éra a terceira vez que aquele grupo recomeçava a experiência, nosso grupo tinha acabado havia bastante tempo; Na janela do laboratório dava para se ver as cabecinhas dos alunos de outra classe indo para o intervalo.
Na falta de mais o que fazer, estávamos perguntado algo a uma borracha colorida onde de um lado estava escrito sim e do outro não.
-A Patrícia vai ter filhos?
(sim)
-Dez filhos?
(sim)
-Mais de 15?
(sim)
-puxa Patrícia seu marido não comprou televisão!

Esta nem estava prestando atenção até o momento e disse:
-Heim?
-O marido da Patrícia vai ser legal e rico?
(sim)
-Para com isso gente.- disse Patrícia
-e vai dar a ela 20 filhos?-disse Juliana
(sim)
-Sério pessoal, chega.
-Depois vai trair ela!-completou Camila
(não)
-Nossa Patrícia! Que marido!-disse Camila

Enquanto isso, do outro lado da sala:
-Pronto Luiz!-Disse Pedro- é a ultima parte da experiência! Agora, abra a torneirinha devagar para deixar cair uma gota de cada vez. Quando o rosa ficar transparente a gente anota quantas gotas foram.

Luiz abriu a torneira e um esguicho de base espirrou no ácido fazendo o liquido rosa ficar transparente de uma vez ao som do Pedro gritando:
-Não, não, não! Para! Chega! Já era.

A essa altura Patrícia e Juliana estavam a disputar pela borracha, dava a impresão de que iriam cair de seus banquinhos. Não sei como, em algum momento, a borracha voou da mão delas e caiu batendo no béquer dos meninos que caiu no chão e explodiu, tivemos que evacuar o laboratório.

Como eu disse, a aula de laboratório é um máximo! Divertida, educativa e perigosa!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Bati!!

Videogame é uma coisa impressionante, é o único momento de ócio criativo que ainda resta à humanidade.
Estávamos eu e meu pai jogando videogame e ele bateu o carro (no jogo claro) ele ia dizer "mi fu..." mas estava na frente dos filhos, começou a dizer "mi dei mal", achou estúpido e disse "bati!"
Quando ele tinha se decidido, o carro além de bater explodiu e ele disse "aaaiii!"
Na verdade, no meio disso tudo o que ele realmente disse foi:
MI.MI.BAD.AAAIII!!
"Nippon banzai" foi o que eu ouvi. E estranhei: "Como assim vida longa ao japão?"

Conversa de nerd mesmo!

sábado, 12 de março de 2011

Quadrinhos!!

Quem diria que alguém de São Paulo capital se interessaria por alguma coisa na nossa pequena cidade interiorana, Taubaté?
No ultimo mês minha mãe trouxe de São Paulo um antigo funcionário que agora tem empresa própria para ajudá-la em uma época corrida do trabalho.
Esse cara trabalhou com a minha mãe na época em que eu tinha oito anos, se tem um motivo para eu gostar de Black Music é porque ele me mostrou.
Enquanto ele esteve aqui acabei descobrindo que ele também tem um blog! De quadrinhos e HQs! E quando fui ver o blog descobri que ele tinha feito uma postagem sobre Taubaté! ^^
Queria aqui adotar a postagem dele para o meu blog então eis o link:
http://osquadrinhos.blogspot.com/2011/02/jorge-hata-lenda-dos-quadrinhos.html

quinta-feira, 10 de março de 2011

Poder mágico alienígena

No caranval, vá para um acampamento de jovens! Não há nada mais barulhento, agitado e revigorante no mundo! Ótimo para extravasar o stress de ficar o mês todo entre escola e computador.
Como eu amo acampamentos! Criar grupos, formar uma bandeira, um grito de guerra, caçar sapos, entrar no mato, ter lama até as orelhas e ainda ser recompensada por toda essa arte! A natureza é uma coisa maravilhosa quando se perde o nojo dela.
Segundo dia de acampamento, era uma prova normal, competiríamos para ver o grupo que faria a maior corda de lençóis amarrados um no outro. As toalhas e fronhas também podiam ser usadas, em menos de trinta minutos! Nosso lençol foi suficiente para cobrir o comprimento maior de um campo de futebol e foi o campeão!
No dia seguinte acordei meio estranha, meu olho coçava, mas pensei ser normal. Tomei meu café, orei com as mãos junto aos olhos como sempre e cumprimentei meus amigos  logo em seguida. Na hora da janta fui barrada na porta do refeitório, tinha uma enfermeira ali e estava checando um por um, todos os que estavam entrando. Parece que um sujeito “muito legal” tinha vindo para o acampamento no final de uma conjuntivite e suas mãos tinham tocado nas fronhas e lençóis de vários garotos durante a brincadeira. Ele já tinha ido para casa naquela manhã mas a piscina tinha sido interditada também por causa dele. Onedetô* pra você cara. ¬¬
Fiquei de quarentena com outros garotos. O lema ali parecia ser: “o que não tem solução, solucionado está” porque ninguém estava preocupado. Não sei se é esquisitice minha mas gostei de ficar de quarentena, o pessoal era divertido, nos trouxeram comida na mesa não tive que lavar louça. Louça! Éca! Prefiro pegar conjuntivite!
Os mais novos estavam se dependurando na janela e gritando aos valentões que passavam “Quer me dar um soco agora? Aqui bem no olho!” e riam-se.


Estávamos apenas esperando que as pessoas saíssem da área do refeitório para passarmos, mas, os adolescente simplesmente ficavam conversando nas mesas enquanto esperávamos, bastante pacientes.
Alguém na rádio dos alto falantes do sítio avisou “a todos aconselhamos que saiam do refeitório assim que possível por motivo da quarentena” ele estava falando da gente! Eba! \o/
Após o quinto aviso na rádio o locutor espiou pela janela notando que agora havia apenas uma garota no refeitório conversando conosco. Respirou fundo e disse no microfone: “Se você usa camisa preta calça jeans e tênis vermelho, aconselhamos que saia do refeitório para não ser confundida com os doentes, obrigado” e desligou.


É claro que eu apenas tinha que ir para casa e esperar passar. Mas não! Minha mãe queria me levar no médico!! Era a ultima coisa que eu queria! Imagine o hospital em época de carnaval! Comboios de samba gigantes, cheios de gente bebendo até não poder mais, caindo em coma alcoólico e indo pra onde? Ao hospital, fedendo a álcool do jeito em que estavam. Criando uma fila gigante e tediosa na minha frente. Não!! Não quero ir pro hospital agora.
É por isso que quero ser médica militar! A guerra pode ser estúpida, e matar muita gente, mas nem tanto quanto certos feriados.
Reclamei mas não adiantou, seria rapidinho, foi o que minha mãe disse. Na porta ela pediu para eu entrar e ir marcando a consulta enquanto ela estacionava, haviam duas pessoas no balcão. “estão na fila?” Perguntei, os dois deram um passo atrás e disseram que não. É claro que eles estavam na fila porque voltaram depois¬¬. Por algum motivo estavam com medo, será que sou eu?
Fiz a ficha com a balconista que o tempo todo olhava para seu precioso balcão como se não quisesse que eu o tocasse. Antes eu não tivesse notado isso nela porque foi aí que encostei mesmo no balcão. Era tão divetido irritá-la. Ao pegar a ficha ela abandonou o balcão e foi falar com o guarda que estava chamando os pacientes. “Próximo!” ela disse com convicção entregando a minha ficha.
O vigia olhou para mim e eu dei um sorrisinho para ele. Três coisas: Ou ele pensou que eu estava drogada com aqueles olhos avermelhados e ia incomodar os outros pacientes, ou ele entendeu que se eu ficasse mais tempo na sala de espera iria infectar o hospital inteiro com conjuntivite, ou então ele pensou que eu fosse representante alienígena de uma galáxia próxima e me zangaria se não fosse atendida rapidamente. Difícil saber.
Na hora de sair minha mãe teve que me puxar pelo braço para não deixar eu ir tocar no blcão da moça de novo.


Enfim! Me livrei da louça, da fila para a janta, da fila do hospital em pleno carnaval, e ainda fiquei dias maravilhosos de bobeira em casa na net, lendo clássicos ou melhor! Dormindo! Eu devia pegar conjuntivite mais vezes!

*Parabéns em japonês: geralmente usado para se ser enfático ou sarcástico.